quinta-feira, 21 de maio de 2009

Como escolher móveis para a cozinha?

Como escolher móveis para a cozinha?
Longe vão os tempos em que a cozinha era apenas um local para preparar refeições e exclusivamente reservado às mulheres. Hoje, é o coração da casa, onde todos se concentram para conviver, trabalhar, cozinhar e arrumar. Daí a importância da escolha dos seus móveis, que devem combinar em três aspectos fundamentais: funcionalidade, organização e estilo!

>Planeamento prévio.
As cozinhas são amadas e odiadas… e o segredo do seu sucesso está no planeamento prévio. Antes de encomendar os seus móveis de uma só vez, familiarize-se com o mercado e com tudo aquilo que ele tem para oferecer (avisamos já que as possibilidades são infinitas!). Folheie revistas, navegue na Internet, visite lojas de bricolage e lojas especializadas em cozinhas.
Em pouco tempo vai perceber que afinal os móveis laminados brancos não são os ideais para uma cozinha que vai receber, diariamente, três crianças e que a melhor opção será, por exemplo, uma madeira mais escura!

>O básico.
Grande ou pequena, uma cozinha funcional pode ser conseguida a partir de qualquer espaço, apenas terá de ser bem pensada, tendo sempre em conta o orçamento disponível. Existem soluções standard, adaptáveis a todo o tipo de cozinhas – sejam lineares, paralelas, em forma de U ou de L – caso dos modelos IKEA. Seguem-se os modelos semi-personalizados, onde armários pré-existentes sofrem ligeiras adaptações para se enquadrarem na sua cozinha e, por último, as cozinhas personalizadas, ou seja, feitas à medida e onde tudo é possível! A primeira solução é, naturalmente, a mais barata; a segunda regista um aumento de preço e a terceira opção é, por razões óbvias, a mais cara.

>Estilo vs. Funcionalidade.
Uma cozinha quer-se multi-facetada, mas também convidativa e em sintonia com o resto da casa. Ora, uma cozinha de inspiração country não combinaria, em nada, com uma casa de decoração minimalista, pois não? Se a cozinha pertencer a um casal que raramente janta em casa, talvez a aparência seja mais importante; ao contrário de uma família numerosa que vive para os jantares que reúne todos no final do dia, e que já requer uma cozinha com múltiplas funções.

>Tanto por onde escolher!
Os armários são, sem dúvida, o mobiliário chave de qualquer cozinha, conferindo-lhe o seu aspecto global… daí que têm de ser visualmente atraentes (e se resistirem às dedadas ainda melhor!). O post-forming (disponível em vários padrões e textura, até imitação de madeira!) é o material mais económico e, mesmo assim, muito atractivo; o MDF é um excelente substituto da madeira maciça, com os mesmos níveis de qualidade e de manutenção e pode ser pintado na sua cor de eleição; o lacado apresenta uma boa relação preço-qualidade e não faltam cores por onde escolher; a madeira (e todos os seus géneros!) fica sempre bem e, apesar de ser a opção mais cara, revelar-se-á um investimento a longo prazo; igualmente caros são os armários em aço inoxidável (para um look muito contemporâneo!) que, embora duradouros e fáceis de limpar, deixam dedadas e riscos muito visíveis.

>Acabamentos, Cores & Puxadores.
Ver uma cozinha com móveis vermelhos ou azuis é hoje algo tão natural como armários lacados a branco ou em madeira faia. Os gostos nunca se discutem, por isso, não é agora que isso vai acontecer! Para além de inovar na cor dos móveis da cozinha, os seus acabItálicoamentos também podem ou não conter detalhes inovadores, como madeira esculpida, molduras em torno das portas ou outros efeitos especiais… e apesar de uma porta lisa, num material nobre, ficar sempre bem! O vidro é um elemento que, integrado numa cozinha, cria logo um efeito mais leve, no entanto, deve ser utilizado com moderação, devido ao risco de quebra e porque armários com portas de vidro só são para quem quer realmente ver todo o seu conteúdo! Se for mais desarrumado, mas a ideia das portas de vidro não lhe sai da cabeça, opte por um vidro fosco. Os puxadores, de linhas clássicas ou ultra-modernos, em plástico, aço inoxidável, alumínio, madeira, zinco ou porcelana ganharam novo destaque e a sua escolha é tão importante como tudo o resto que tenha a ver com os armários.

>Gavetas ou armários?
Nos dias que correm, quem diz armários de cozinha pode perfeitamente dizer gavetas de cozinha também! As gavetas não vieram substituir os armários, nomeadamente os superiores, onde não é funcional ter gavetas, mas muitos armários inferiores estão a ser completados ou mesmo substituídos por gavetas largas e fundas. A vantagem? Para além de permitirem a arrumação de todos os utensílios – pratos, tachos, panelas, mercearias – habitualmente guardados em armários, permitem a visualização total de todo o seu conteúdo cada vez que a gaveta é aberta. Ao contrário do que acontece quando precisa de chegar a alguma coisa que esteja no fundo do armário e muitas vezes precisa de retirar tudo para fora! Sejam armários, sejam gavetas, analise bem o seu interior: o que servem armários lindos por fora, se na hora de arrumar pratos e copos, vem tudo abaixo!? Ainda neste âmbito, cuidado com as prateleiras de vidro porque, e apesar de serem bonitas, são caras, podem ser perigosas e nem sempre são muito práticas.
>Arrumação extra.
Mais cedo ou mais tarde, o espaço começa a ser escasso em qualquer casa e a cozinha não é excepção: entre serviços de louça diários, especiais e de Natal; copos para todo o tipo de bebidas e mais algumas, o trem de panelas novo, o trem de panelas velhinho (que ainda pode dar jeito!), os vários gadgets culinários, os livros de receitas…faz tudo falta, mas também faz falta espaço para os guardar! Mesmo que inicialmente pense que uma dúzia de armários chegam e sobram, se calhar pode aproveitar um recanto estreito e alto para embutir uma garrafeira à medida ou então escolha móveis empilháveis para aproveitar o pé direito da sua cozinha, guardando os utensílios e as louças menos usadas no topo. E já pensou em aproveitar o espaço do rodapé para embutir gavetas? E porque não umas prateleiras abertas para os livros de culinária? Rentabilize o espaço, a sua cozinha agradece!

>Organização interna.
Para uma cozinha bonita e organizada… por fora e por dentro, renda-se aos mil e um suportes, divisórias, prateleiras extensíveis e giratórias para manter tudo em ordem – tabuleiros para talheres, divisórias para gavetas à medida dos seus pratos e panelas, suportes para copos e frascos de especiarias, uma despensa ou balde de lixo extraível… será a verdadeira “fada do lar”!
>Guie-se por estas medidas.
Para ter logo uma ideia inicial do espaço que tem para preencher com móveis de cozinha e, claro, para pedir os primeiros orçamentos, há que medir o espaço. Faça você mesmo: meça a altura e a largura de todas as paredes, bem como as distâncias entre elas; tire as medidas das janelas e das portas, assim como das distâncias que as separam do chão, do tecto e dos cantos, sem esquecer o espaço que necessitam para serem abertas; meça os elementos estáticos já existentes, caso dos radiadores, ar condicionados, exaustores ou electrodomésticos não embutidos; e não se esqueça de tomar nota da localização de todos os interruptores, tomadas, torneiras de ligação de água e de gás, apontando ainda a adição de novas tomadas ou interruptores, se assim desejar.
>As regras de ouro.
Para poder trabalhar e movimentar-se à vontade na sua cozinha, certifique-se que do chão à bancada os armários tenham uma altura de pelo menos 90 cm e uma profundidade de 60 cm; já a distância entre a bancada e os armários superiores não deve ser inferior a 50 cm, devendo a sua profundidade rondar os 37 cm para evitar cabeçadas dolorosas e para não dificultar a vista da bancada; os armários superiores também não devem ser exageradamente altos, se não, passará os dias com um banco atrás de si; evite colocar uma coluna de armários junto da placa do fogão ou do lava-loiça para evitar cotoveladas indesejadas e sujidade extra.
>À volta da mesa.
Para completar o look básico da cozinha, resta escolher os móveis para a zona de refeições, ou seja, uma mesa e cadeiras para começar logo a organizar e a desfrutar de deliciosos almoços e jantares! A mesa de refeições deve ter uma largura de pelo menos 80 cm, para sentar confortavelmente toda a gente e poder receber todas as travessas e garrafas que uma refeição exige. Se a família for numerosa e o espaço grande, uma mesa ampla vai conferir à cozinha um ar muito familiar e aconchegante; se a família for numerosa e o espaço pequeno, pode optar por uma mesa dobrável e montada na parede, ou por uma mesa extensível, uma ideia excelente para quando receber visitas; se for um casal que não jante muito em casa ou prefere fazê-lo na sala de estar, uma mesa redonda e alta, acompanhadas de bancos tipo bar é uma solução interessante, assim como é a opção de aproveitar a “ilha” da cozinha para servir de mesa de refeições, com bancos discretamente guardados por baixo da mesma. Com mais ou menos centímetros, vai poder fazer sempre a festa!

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